A constante luta do COMDCAP para garantir a efetivação de direitos das crianças e dos adolescentes do município, ganhou mais um importante momento no final da tarde de ontem, 08, com uma Escuta Social realizada no Plenarinho da Câmara Municipal. O encontro foi destinado a ouvir as demandas e situações que tem preocupado as famílias que têm filhos com o Transtorno do Espectro Autista (Tea).
Com a iniciativa do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (COMDCAP), a Escuta contou com a participação de entidades que já fazem um trabalho de acompanhamento de pessoas com autismo, além de orientações e cuidados com as famílias dos mesmos. Estiveram na plenária, representantes da Associação de Pais e Amigos dos Autistas (APAUT), Associação Mães de Sangue Azul, Instituto Via Autismo, Sorri Parauapebas, além do Conselho Tutelar I e II, Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) e da Coordenadoria Municipal da Pessoa com Deficiência (COMPED).
Os depoimentos das famílias apresentaram situações vivenciadas e dificuldades com atendimentos na rede pública, questões prioritárias e até mesmo possíveis soluções para situações que podem trazer melhorias significativas para a qualidade de vida das crianças autistas e seus familiares.
Dos apontamentos, situações como falta de diagnóstico, de apoio às famílias, descasos, omissão de alguns órgãos, ausência de equipe multidisciplinar, falta de linhas do transporte público em certas localidades, dificuldade de vagas em creches e escolas públicas e até mesmo em escolas particulares, entre outras problemáticas.
Conforme o presidente do COMDCAP, Aldo Serra, algumas dessas demandas já foram discutidas na esfera administrativa durante o último ano. “A ideia é fazer um apanhado de todas as situações e tentar, a princípio, buscar reuniões e colegiados na esfera administrativa e, não sendo possível dialogar e resolver, entraremos com determinadas demandas via Ministério Público para que, de fato, se garanta o direito ali negado”.
“É um momento ímpar, uma vez que os direitos constituídos no ECA, principalmente em relação à saúde, são constantemente violados. Então, nesse sentido, se faz necessário, devido à urgência dos serviços, dialogar e perceber as necessidades das crianças com deficiência e a ausência de alguns serviços, algo que é de grande importância para que o Conselho possa mensurar e fundamentar ações que buscarão garantir os direitos”, disse o presidente, fazendo questão de destacar a importância de promover ações como essa.